domingo, 24 de fevereiro de 2013
Eterno
E ele contava com um ar de indignação sua história e no meio
dela: “Tem pessoas que nunca sairão da nossa vida. Elas ficarão ali como donas
de um pedaço de nós, seja por bem, ou seja, por mal. Você pode achar que dará jeito,
mas esse jeito pode ser no máximo um curativo com muito sedativo. Quando for
trocar o curativo, e é obrigado trocar vez em quando, o amor ou o ódio que nada
mais é que o próprio amor que adoeceu gravemente (Chico Xavier) virá a tona e
nos perturbará por mais um longo período. Pelo jeito nem tudo foi feito para
ser apagado. Parece ser a cobrança do que foi mal feito.” E eu perguntei: Será
mesmo? E ele disse: “Acredite e prepare-se meu filho, é assim e sempre será.”
Ainda me recuso acreditar. Acho que deve existir solução para essas coisas. Ou não.
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