quarta-feira, 12 de março de 2014

Sinto Falta do Meu Riso

Esses dias comecei lembrar do tanto que eu ria em cada fase da minha vida. E então vi que de forma gradativa estou rindo, no sentindo amplo e melhor da palavra, cada vez menos. Nada que não tenha recuperação. Mas uma parada preocupante. Um alarme. Um pedido de socorro? Exagero? Acho que não. Quando criança ria até na missa. Até onde não devia. Ora, quando criança o que não me faltava eram motivos e companhias pra rir com gosto. Na adolescência mesmo com os primeiros duros golpes da vida (quem conhece sabe) ainda ri muito. Me divertia com que tinha e com o que inventávamos. Com os vinte e poucos os risos começaram, o que é normal, se intercalar com as pedras do caminho. Mesmo assim no todo continuei rindo... Gargalhando. E o tempo foi passando e coisas aparacendo e as cobranças externas e mais ainda as internas acontecendo e o riso com gosto ficando cada vez mais escasso. E então me pergunto: Onde foi e por que foi que deixei minhas gargalhadas de lado? Não as queria todos os dias. Mas as queria e as quero na dose merecida. Que perigo... Perigo de a gente endurecer... Entristecer... Ficar chato... E morrer sem lembrar de quão bom eram coisas simples como dar uma verdadeira gargalhada. E esse problema não é só meu não... É da maioria... Forçar o maxilar não é sorrir... Fazer barulho com a boca não é gargalhar. Ainda bem que sinto falta das coisas há tempo. Acho eu que há tempo. Sim... Ainda sim... Mas nem sombra.  Segue a vida... E com risos e gargalhadas. Amém.

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