Rumo aos 40

E é assim. Vivi pra caramba. Às vezes fiz isso em exagero, eu sei. Tinha amigos fieis (ainda tenho alguns). Tinha ideias do além com esses amigos. Não mandávamos indiretas em redes sociais por qualquer bobagem. Na verdade demoramos um bom tempo pra mandar o primeiro SMS. E mesmo sem celular nunca perdíamos o contato. Nos faltou apenas uma coisa: Faltou a oportunidade de registrar a imensidão de coisas legais que fizemos. Por outro lado penso que isso ajudou. Mesmo por que nossas fotos em sua maioria nem deveriam ser publicadas. Chego aos 39 com a certeza de que fiz o que pude e achava que devia fazer. Podia mais? Ate pode. Mas sabe como é, sou humano e falível. Olho pra trás e tenho mais boas recordações que arrependimentos. Me dei a partir de hoje um ano pra mudar algumas situações pontuais. Marque aí: Com quarenta darei uma festa, trarei meus amigos e minha família. Estarei casado ou bem encaminhado (acho que é hora né... rs) .  Claro, acima de tudo quero estar em paz em todos os sentidos. Se bobear com mais um na foto. Segue a vida.

Tempo

O tempo passa depressa demais e a vida é tão curta. Então — para que eu não seja engolido pela voracidade das horas e pelas novidades que fazem o tempo passar depressa — eu cultivo um certo tédio. Degusto assim cada detestável minuto. E cultivo
também o vazio silêncio da eternidade da espécie. Quero viver muitos minutos num só minuto. (in Um Sopro de Vida - Clarice Lispector)  

Nem Esquerda – Nem Direita – Uma Coisa

Lendo um texto do Eduardo Bisotto me vem a cabeça um dos motivos da minha desmobilização para debates partidários. E eu era encarnado. Mas como fazer isso se nem liderança confiável e que me provoque um mínimo de amor e ódio existe?  O que fazer se direita nem sabe se direita é, ou não argumenta nessa direção, e se a esquerda no poder é no mínimo um bicho sem nome?  As coligações e apoios se dão no esquema “correndo o pires”. Exemplo: Colombo (PSD) e Eduardo (PMDB) chamam Marcio Burigo (PP) e dizem: “Olha, nós sabemos que tu tá arrombado. Nos ajuda que te ajudamos.” Prefeito sem muito que fazer dirá sim. Dilma (PT) fez o mesmo com Raimundo (PSD/ex Dem, antes PFL). Deve ter dito: “Olha, Mundico, 2014 é “nóis”. Tu sabes que o cofre cheio é o federal. Então favor pede favor." Colombo pensando na sua reeleição fecha apoio.  Então, num país que não se vê mais diferença na pratica e nem no discurso de quem é direita ou esquerda e que alianças são feitas, parece que só, para garantir o poder, não posso eu ter uma bandeira na mão.

Esperança

"Quero falar de esperança. Aquela que move montanhas. Energia que não cansa. Alicerce de grandes façanhas que às vezes você perde. Escuta a quem tem o copo quase vazio e então você cede e deixa afundar o navio. Tão pequena sua confiança em si mesmo que qualquer um que tão pouco lhe conheça ainda com sua opinião a esmo você deixa que prevaleça. Até quando vai encurralar teu sonho, sempre que quiserem que seja igual a todo mundo? Até quando permanecerá enfadonho, esperando que o entendam se você se esconde no canto mais profundo? De que adianta ter ideias se você nunca vai revelar? De que vale sonhar se você não pretende realizar?" (Jaqueline D.)

Salvaro Só – Eu Disse

Dizia (escrevi) nas ruas e reuniões com Beto e Cia, que Salvaro estaria fora da eleição e na sequencia com a perda do poder, vulgo caneta, começaria ficar só, pois sempre fez apenas negócios. Não passa de meia dúzia os que têm um vinculo maior e melhor. Marcio Burigo prefeito, eu ao contrario da maioria disse que o mesmo governaria sem interferências de terceiros. Diziam que seria marionete. Só que não. E a caneta então em outras mãos fez muitos mudarem de ídolo. A última baixa foi Itamar da Silva, presidente da câmara, e seu grupo que agora seguem de camisa nova, o PROS.  Antes não dava. Não tinha ainda pintado a oportunidade e Salvaro jamais permitiria que seus comandados criassem algo que talvez depois fosse contra ele. Poderia colocar a sigla nas mão de quem tinha rabo preso ou de algum controlado. Na de gente ladina não. E é assim, as cadeiras tem novos donos e o que for apenas negócio não tem nem obrigação moral de seguir.  E quanto ao PSDB digo desde já: Elege Dóia Guglielmi ou é questão de tempo pra ser o inexpressivo que era em Criciúma.

Eu Quero Ser Pior

E não contente com a série de mancadas, vergonhas e afins que produz, a pessoa olha ao seu redor, pensa (duvido disso) e diz pra si mesmo: Eu quero me superar. Eu sei que posso. Eu vou ser ainda pior. Sim, sabe gente que se tu dá cinco alternativas, sendo quatro boas e uma ruim, ela vai e crava na ruim? É uma parceria dedo pobre e mente insana que jura ser lucida e inteligente. Esses tipos devem ter estalos de pensamento da seguinte forma: Eu quero mesmo é me afundar. Depois tudo será lucro e então vou ser feliz. O tempo vai passar, as canalhices contra outros e si mesmo continuar. Quando acordar nem com uma operação dos fuzileiros navais americanos sai do buraco.

Mini Surto

E eu louco que sou (ainda bem) de vez em quando tenho vontade de chutar tudo e buscar algo bem distante daqui. Trabalhar em outro lugar com outras pessoas com outros propósitos com outro modo operante. Com novas ideias pra dar e ouvir. Com novas ruas pra caminhar. Com um novo chato pra conhecer. Com o dono da padaria e do bar sendo novidade. Com a vontade em picos. Com o tédio com menos tempo no dia. Com bem mais prazer que desprazer. Bem mais, não quase um empate. Falta oportunidade. Coragem não. Sim, te levaria, não se preocupe. E no mais é só um mini surto com enorme fundo de verdade.

Partido Não é Família

Os partidários podem me malhar, mas trabalhando com quatro prefeitos e duas vezes no estado e vivendo desde pequeno no meio posso afirmar. Sim, afirmo, não acho. Essa historia de família 15, família 11, 13, 45 e Cia é mentira. Claro que sempre tem os iludidos e os facilmente manobráveis que acreditam sempre nessa bobagem. Dizem isso quando estão todos instalados no poder. Seja em cargos de confiança, empreiteiras ou coisas do tipo. Todos bem e então é assim: Comemora, riso fica fácil e chamam de família aqui e ali. Tirado fora do esquema o antes apaixonado e integrante da família começa ver que aquilo não era bem a “família” e sim um grande negócio. Outra: O partidário, somente partidário, não tem esse habito migué. Os partidos já tiveram essa cara. Cara de grupo. De família nunca, mas de grupo e de parceria sim. Vou exagerar (talvez não): Hoje estão com mais pinta de quadrilha do que de família. Claro, ainda se salvam umas cabeças. E outra, quem está de fora desde sempre pode reclamar, mas participar também seria legal. E nem precisa amar os seus familiares de partido. Nem precisa ter um partido. Família é aquilo que temos em casa. As pessoas que amamos e nos amam. O resto tem outro nome.

Coisas de Telefonemas

Um telefone que toca quase sempre pra lhe pedir algo, pra que você resolva ou quem sabe apenas escute os problemas alheios. Um telefone que toca para negócios, sendo que quando toca nesse caso, é um negocio bem melhor para parte que liga que para você. Sim, ele tem sua parte boa, mas é tão, tão pouca que nem sei se é bom ou ruim. Acredito quem quer lhe fazer bem vai a sua casa se não conseguir falar ao telefone. Se tem um negocio bom pros dois vai a sua casa e olhando nos olhos explica como é. Se quiser lhe pedir ajuda vai até sua casa. E claro, só irá a sua casa se tiver condições pessoais (morais) pra isso. Nada contra o telefone, pelo contrário, já me foi portador de bons recados. O que valeu a pena aconteceu ao vivo.

Ele é – Eu assessoro – Pensamos Juntos

Dou assessoria direta a um vereador no município de Içara, vizinho a Criciúma. Não assessoria do leva e traz (também necessária). Discutimos mandato e cuido de outros itens (multiuso).  Digo isso pra começar essa rápida analise. É assim, quando um vereador começa fazer seu trabalho como tem que ser causa certo espanto. Se fiscaliza obras e afins alguns dizem que quer aparecer. Se na câmara entra com pedidos pra elucidar questões muitos dizem que quer atrapalhar ou tem “inveja” ou é questão pessoal. Parece que a inércia é que tem que ser regra. Não, não podemos mexer no tranquilo caminho que uma meia dúzia faz e pretende continuar fazendo. E nessas horas os “soldados dessa turma” berram. Tem que berrar, pois de um modo ou outro lucram com isso. É clara a inversão de valores. Ruim é bom e bom ruim. Digo desde o começo pra ele: Tens que terminar o mandato sem que possam te chamar de burro, covarde e vadio. Isso é o mínimo. Dar o retorno a sociedade é preciso. Dá e vai continuar.

Devaneio do Dia

E tem hora que não se tem o que dizer, mas se diz. É aquela hora que o nada precisa sair. Precisa-se urgentemente descarregar um pouco desse nada ou morre-se afogado nele. Em algumas situações paro, penso e não sei se o ser humano é louco, estúpido ou azarado. Parece atentar contra si. E hoje eu vi um download que estava chegando próximo dos 100% ser cortado por um besta quer tirou a tomada e assim o arquivo foi perdido. Ainda bem que não preciso seguir nem ordem nem lógica aqui nesse canto. Posso começar do meio. Chamar você de idiota. Me chamar de idiota. Terminar falando de flores ou de como as pessoas tem consigo a arte de jogar fora o mais importante da vida. E até falar do nada apenas para aliviar o tudo.

De Repente

“De repente do riso fez-se o pranto. Silencioso e branco como a bruma. E das bocas unidas fez-se a espuma. E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento. Que dos olhos desfez a última chama. E da paixão fez-se o pressentimento. E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente. Fez-se de triste o que se fez amante. E de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante.  Fez-se da vida uma aventura errante. De repente, não mais que de repente.” (Vinícius de Morais)

Ser Professor é Difícil – Outras Coisas Também

Essa semana vi mais devido ao dia. Mas vejo direto o dizer que professor precisa de salário justo. Sim, precisa, mas como alguns falam parece a única classe profissional que ganha mal e precisa e merece o tal do salário justo. Ganha bem? Não. Melhor que maioria? Exceto casos de ACTs os outros ganham sim melhor que a maioria do povo, pois tem agregado aos salários alguns itens que dão um upgrade no mesmo. Estudaram pra isso? Sim. Únicos? Não. Trabalho sem graduação não tem valor? Não é necessário? Alguém dirá: Sem o professor não tem nenhuma outra profissão. Sim, sem o professor várias delas de fato não existiriam. Outra boa parte existe sem professor. Só quem não anda nas ruas e vive de frase e opinião feita é que afirma isso. Quero essa classe cada vez mais valorizada, mas onde fica a vontade de ver todos os outros profissionais bem? Só ser professor é que cansa e dá retorno a sociedade? Com quantas outras profissões o professor não viveria? Entendo que pelo volume e certa instrução façam mais barulho, mas quando falarem alguns devem lembrar do seu contracheque e olhar para o todo, e então acredito até que reclamarão, mas não como se fossem os esquecidos pelo mundo. Em tempo: Trabalhei em setor pessoal de município e sei como funciona boa parte do estado. Longe do merecido. Porem longe do que alguns alegam. A vida tá foda. Ganha-se muito mal na maioria das vezes e casos. E essa vida é composta por centenas de profissões. Por isso faço o registro. E claro, me malhem a vontade. Eu sei, fazer média é sempre mais fácil. Respeito todos, não só o professor. Em tempo: Já vi muita greve acabar quando a educação era acertada. E os outros em minoria olhavam e nada podiam fazer. Entende?

Indiferença aos Filhas da Puta

Alguém próximo diz: “Fulana (o) disse isso e aquilo e tu sabes que jamais foi assim. Tô triste e com o ódio.” Olho e digo o que de fato acho a respeito desse esquema de gente que fala o que não sabe ou não deve. Ou os dois. É gente com vazio existencial sem tamanho. É gente com inveja barata. Pra compensar isso fazem dessas filhas da putagem. Normalmente jogam na rua com nome alheio um pouco daquilo que vivem. Sim, esse tipo de ser não tem imaginação o suficiente para criar e então apenas busca em casa e passa a frente com outra roupagem. Encerro dizendo que de gente desqualificada nem raiva se deve ter. Gente que sempre fala ou escreve entrelinhas disparando pra todo lado deve ser apenas desconsiderada ou no máximo considerada incapaz. Pra esses, indiferença ainda é muito. A esse tipo é assim. Aos outros é combate sem dó.

Fazer e Pagar – Exemplo Bobo

Planejar a obra, buscar recursos ou ver modo de pagar, executar a bendita e fazer o pagamento. Todos que estão nesses itens têm mérito numa obra. Mais ou menos, porem tem. Tem mais quem executa e paga. Essa de só quem faz levar a fama é limitar-se a menos da metade do processo. Outra: De nada adianta fazer uma casa de 500 mil e dar a um filho e deixar com ele um carnê com esse valor espalhado em prestações a perder de vista que inviabilize as coisas básicas do seu dia a dia. Esse exemplo bobo, mas sério, serve para quem acha que obra se faz e o resto foda-se. Obra publica tem que ser feita dentro da realidade da capacidade de pagamento e de modo que não comprometa a máquina. E claro, que se dividam os méritos a quem faz e a quem paga.

Neto da Band Do Curintia

Eu com isso? Quase nada, pois escuto esse elemento esporadicamente, mas tenho que falar a respeito da bobagem do dia. Sim, do dia, pois o que não falta nessa boca é bobagem. Antes do jogo São Paulo e Corinthians a câmera filma a seguinte faixa na torcida Bambi: “Time Grande Não Cai”. Claro, uma alusão ao time são paulino nunca ter caído enquanto que o próprio Corinthians já. Então vem a inteligência pura e diz: “Já caiu sim, caiu no paulista.” Ora, é notório que o dito é em termos de campeonato brasileiro e não passa de uma coisa de torcedor de futebol. Até aí nada de incrível, mas a besta continua: “E não sei como pode a polícia deixar entrar essa faixa”.  Sério, ele queria que a faixa fosse barrada. Por não gostar do dito? Ou quis dizer que a faixa explodiria a ira da manada corintiana? Pra encerrar: Neto só vingou na TV por cair como uma luva numa faixa que pensa como tal.  E essa faixa é enorme. É que na verdade tem preguiça ou condição de pensar e assim gosta de besteiras prontas e de preferencia que massageiem seu ego. E no mais pra fazer explodir o violento basta que o dia exista. E de “Netos em Netos” o Brasil... Pior, se acha o cara. Deus me livre. Ahhh... E o termo Bambi usado ali pelo meio é só tiração, coisa de futebol, sabe?

Parceiros da Tristeza

Tem gente quer parece ter nascido com uma regra: Serei infeliz custe o que custar. Defenderei todas minhas posições para que tudo permaneça igual e eu garanta o meu eterno lamento até o fim solitário dos meus dias. É o tipo de gente que só muda CASO o mundo se ajeite na posição A, na hora C, na temperatura D. Ou seja, criam formulas quase impossíveis para se manter atrelados aquilo que dizem ser o melhor pra si. São covardes com medo de conhecer a felicidade, gostar e talvez ter que se desfazer dela. Talvez? Claro. Não há ganho sem risco. Isso, é o time do “se”. É a turma do “mas”. É a galera do “talvez”. E assim a vida passa e eles cumprem sua sentença que sentença nunca foi. Era apenas covardia.

RECOMEÇAR DE ONDE FOR POSSÍVEL

E vez em quanto ouço alguém dizendo com cara de desgosto: “Tenho que ir trabalhar”. Se um dia fiz isso, e devo ter feito, pois idiota em algumas coisas também já fui, peço aos céus que rasguem tão fala. Abençoado daquele que pode chegar em casa cansado sabendo que no outro dia tem mais e que no fim do mês (ou como seja) tem a recompensa que torna digno o dia a dia do vivente. Trabalhar é preciso. Se eu tivesse muita grana acredito ia querer fazer algo do mesmo modo. A inutilidade é pra mim dos principais males da alma. Parar um dia? Claro. No meu caso talvez inventar outra coisa. Mas hoje quero só agradecer por estar cansado e ter vindo de um lugar decente. E eu já fiquei sem ter pra onde ir. Acordei por acordar. E isso me tirou muito de vida. Por isso mais uma vez me reerguendo agradeço e não posso reclamar de ter que ir ganhar meu pão e me sentir um homem útil. Se no momento você se encontra numa roubada, acredite, elas volta e meia pegam a gente. Muitos não contam, mas ela pegam. E olha, nunca há mal em recomeçar. Mesmo que o recomeço não seja de onde a gente parou.

Ódio Bom

O ódio muitas vezes é bom. Ódio não faz só mal. Tem aquele ódio que faz tu sair do estado de inércia. Te usa como forma de vingança. Ele te usa de um jeito e você pode colher frutos de outro. Te usa para mostrar que tu podes muito. Ele nem quer bem isso, mas não consegue dividir as coisas e acabam os dois ganhando. Na verdade você usa o ódio. Ele se transforma em mola propulsora. Podem ser bons parceiros vez em quando. Não pode é existir uma convivência continua, mas no mais até desse sentimento ruim se pode tirar algo bom. Às vezes o ódio te salva.

Devaneio do Dia

Vento entra pela minha janela tentando conversar comigo. Venta forte. Deve ser muito importante o que tem a me dizer. Caminhei há pouco. Caminhei também esperando sinais. Sinto que coisas nos rodeiam. Invisíveis, mas nos rodeiam.  Somos pequenos demais e o mundo enxuto demais. Não pode ser só isso. Ontem assistindo partes de Alice no país das maravilhas me deu vontade de ter uma experiência parecida. Ver o diferente. Ouvir seres sábios. Sábios seres que imaginamos serem apenas irracionais que vagam por aí. Voar rasante, navegar no ar. Quem sabe lá eu conseguisse entender o que vento tem a me dizer. Com certeza lá entenderia o que três cachorros jogados na grama que me olhavam e pareciam tirar sarro queriam dizer com aquilo. Acho ser humano e esse mundo limitado. Limitado e chato demais. Estou louco? Não. Por sinal uma pena isso.

Vale a Pena Ter Medo Da Mudança? (parte do texto)

“Palavras como incerteza, insegurança, processos de readaptação, risco e complexidade se tornaram muito presentes no dia a dia em nossa sociedade moderna e provocam um sentimento de medo e insegurança nas pessoas. Acabamos, por vezes, mantendo certas insatisfações em nome da “segurança”, que, no fundo, não é verdadeira e nos rouba alguns sonhos. Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz. Nessa máxima de Platão podemos interpretar a luz como a mudança, processo esse que vive no paralelo do ser humano em todos os momentos da vida. Os indivíduos sentem-se seguros, mas exatamente do quê? A grande verdade é que não existem, de fato, zona de conforto e zona de segurança, pois são basicamente ilusões da vida. Nesse contexto, muitos aceitam menos do que merecem e se tornam, então, uma sombra daquilo que poderiam ser. Precisamos sair da zona de conforto e desenvolver a flexibilidade, irmã da criatividade, pois é por meio dela que podemos imaginar soluções diferentes e inovadoras e experimentá-las agindo. Afinal, escolhas corajosas nos levam aonde devemos estar.” (Edushin)

Eu queria era jogar bola...

Como consta em muitas fotos e como quem me conheceu criança sabe, o meu negócio era jogar futebol. Jogava dentro de casa, no areão, piso e até na grama. Na escola, no recreio e depois da aula. Futebol de botão e outros do tipo. Eu queria era ver gol. Cresci com elas, pois foram dezenas de bolas, junto comigo. Modéstia a parte era bom. Me faltou essas escolinhas que até pernas de pau hoje participam. Cresci, adquiri bom físico para o esporte, mas não, isso era coisa de maloqueiro. Bonito para os meus pais era ser outra coisa. Quiseram que eu fosse. Até tentei, mas não suportava nada daquilo e acabei fazendo uma faculdade de direito bem mal feita e que nunca usei pra porra nenhuma. Eu queria e acho sinceramente que poderia ter me dado bem era jogando futebol.  Tá... Isso não era coisa de gente ladina, segundo outros. E assim meu sonho e oportunidade de uma vida “mais feliz” se foram. Ficou a paixão. Só de raiva vivi e vivo de outras coisas e não do que quiseram me impor. Aahhh... E não é fácil ver centroavantes pernas de pau isolando bolas e sendo bem pagos pra isso. Mas eu gosto mesmo é do estufar da rede. Da adrenalina na hora do toque fatal. Quem sabe na próxima.

Devaneio do Dia

Entrei numa neura de que preciso mudar coisas essenciais em minha vida. Fazer o que ainda não fiz e tenho vontade de fazer. Entre essas, coisas simples que são devoradas semanas após semanas por uma má vontade que se joga na minha frente e não sai mais. Fazer o que antes me fazia feliz e não continuei por achar que outras coisas mereciam mais atenção e até mesmo por saber que meu corpo não suportaria tanto ou não executaria como antes. Ora, farei como for possível. No mais tenho que me dar todas alternativas possíveis para ser feliz. Tenho que voltar a pensar em mim. Nos outros também. Mais em mim. Não posso perder o trem da vida. Sinto a cada noite que deito a necessidade dos meus dias serem mais dias. De minhas noites não serem apenas um canto de descanso e lamento. Eu sei como ser feliz. Aprendi cedo a lição. Vou adaptar para a nova realidade e voltar. Ao menos vou tentar. Tentando ser feliz até morrer vale. Me nego morrer infeliz e sem luta.

Choro Tucano

Dando uma olhada no twitter noto desde já uma dor de cotovelo dos tucanos devido à ida de Marina “Tarrafa” Silva para o PSB de Eduardo Campos. É que seu candidato Aécio Neves já não vai às mil maravilhas e dessa forma começa de vez se tornar a terceira força da eleição. Tem tucano usando aquela coisa ultrapassada em política em que se o cara vem para o meu ele é bom, se vai para o outro ele é ruim e até atrapalhará.Não vou nem formar juízo de valor, mas em Aécio vejo uma coisa que ninguém me tira da cabeça: Falta liderança. Dilma era pior, mas Lula compensava essa falta. Do seu jeito que acho deplorável, mas compensava. E no PSDB ninguém fará tal papel. Em tempo: Eu não votaria em Marina, uma louca pelo poder, com sangue petista e com cara de "Madre Teresa de Calcutá".

A Gaveta do Lado

A gaveta que fica perto de você maior parte do tempo pode ser um dos seus aliados ou dos piores inimigos. Gaveta do lado é tipo um telefone que anda sempre colado. E você termina com aquela sua namorada de tempos. E o número dela esta ali. As fotos delas podem estar ali no telefone. Então num movimento rápido pega ele e no fim está mandado aquela mensagem com cara de quem não quer nada, mas no fundo... E a gaveta é igual. Pode ter aquele chocolate que deveria apenas adoçar a boca em certa hora do dia, mas que no fundo vira seu parceiro de 15 em 15 minutos até acabar. Pode ter remédios que deveriam ser tomados só à noite, mas que por estarem ao alcance da mão são tomados ao primeiro sinal de alerta do corpo. A gaveta joga como você quiser. A gaveta simplesmente te complementa. Mas ela é foda... Gaveta bandida.

Um Dia Jogo Vira (ou empata)

Numa briga de casais com o fim do relacionamento “a criança” cedo ou tarde será instrumento de uso de um ou de outro. Raramente não acontece nada nesse sentido. Usam do amor pelo filho para ferir o agora desafeto. O maior prejudicado? Claro, a criança, mas com a raiva em graus altíssimos pensam que essa pode superar tudo sem grandes perdas. Afinal de contas tem que se vingar e nada melhor que o uso de alguém que o outro ama muito. Pior, contam historias. Colocam contra. Manipulam.  Mas um dia o antes dominado ser vai querer tudo. Vai querer o pai e a mãe. Não vai querer saber dos problemas “amorosos” ou “raivosos” da turma e então buscará a verdade e saberá que em tempos passados aquele ser que parecia que queria só lhe proteger na verdade o estava usando como reles objeto de vingança.

Trechos do texto de Regina Brett (90 anos de idade)

“Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem ideia do que é a jornada deles. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso. Acredite em milagres. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora. Envelhecer ganha da alternativa — morrer jovem. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa. Acredite, o melhor ainda está por vir. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça. Produza! A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.”

Tempo Passa Muito Fica

Você tem 20 anos agora? Que bom. Até gostaria de tê-los, mas tenho quase 39 e estou bem com eles. Mas acredite... Quando tiver a minha idade terá muito do que tem hoje. Não mudamos completamente. Varias coisas se conservam, talvez com uma mudança de leve aqui e ali, mas são como antes. Tem medos que nascem e crescem com a gente. Ou melhor, nascem e envelhecem com a gente. Tem buscas da mesma maneira. O tempo apara arestas desnecessárias. Faz do que é simples, simples. Faz do complicado, complicado, porem com solução se bem pensado. Os anos passam e mantemos aceso boa parte do que trazemos de décadas atrás. Se você mudar demais, não sentir mais nada como antes, não se emocionar ao menos parecido com antes, cuidado, você não está no bom caminho. Talvez até nem seja mais você.