Um atentado a sua própria pessoa. Foi isso que aquele homem
cometera. E pra agravar a situação não foi um fato isolado num dia qualquer. Foram
anos. Como pode ele abandonar a si? Como pode ele atentar contra princípios básicos
na sua existência? Conta ele que muito aconteceu. Conta ele que achava que
seria rápido e a causa justa. Conta que quando deu por si o que tinha certo
cheiro de erro e indigno havia chegado a patamares inimagináveis. Culpa-se por
ter feito isso contra si mesmo. Não culpa mais ninguém. Afinal de contas podia
ter dado um basta no começo ou quando viu que não era uma causa e sim um suicídio.
Melhor, poderia não ter nem começado. Lamenta o tempo perdido. Se culpa por ter
passado por aquilo. Se perdoará. Irá em frente. E jura a si mesmo jamais sair
da linha que rege sua passagem.
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