Semana que passou decidi dar um ar pra minha cabeça. Resolvi
nas horas vagas do trabalho ir pra praia. Sim, praia já fora de temporada. Isso com aquela TV pegando apenas a Globo e o
som mais ou menos do SBT. Na Globo vejo quase nada e no SBT o jornal. Assim sendo
praticamente sem TV. No lugar, música. Isso sem computador. No máximo um
telefone meia boca pra olhar uns minutos se nada que fizesse diferença estava
em algum lugar da rede. Difícil? É. Estamos (estou) acostumados a estar on line
demais e de menos consigo menos. Às vezes se pensa mais no que os outros
escrevem (mais da metade mentira ou coisa pouca) do que fazer pra que nossos
dias se tornem melhores. Nesses dias caminhei ouvindo musica tendo a beira mar
uns poucos loucos, ou certos, como eu. Maioria catando marisco. Ouvia musica,
pensava como anda e como pode andar minha vida. Sentia a cabeça arejada e o
corpo com o cansaço bom. Peguei onda às sete e meia da manhã (só de
bermuda). Pensei: Ora, se suporto tanto
coisa chata e ruim no dia a dia, o que é uma agua fresquinha? Lá dentro estive
comigo e só comigo. Nas chegadas fazia almoço. Comia sem pressa. Coisa que
quando estamos on line demais não fazemos. Ou fazemos menos. Afinal de contas
um lanche na frente do computador parece ser mais legal. Temos em nossas mãos a
melhor invenção das ultimas décadas. Informação e interação a todo o momento. Pra
muitos, ganha pão. Eu já ganhei e ainda faz parte do meu ganhar. Mas não sabendo usar pode ser a pior desgraça
das ultimas décadas. De vez em quando, ao menos de vez em quando, viver sua vida
por inteiro sem interferências externas é essencial para uma cabeça sã em um
corpo são. Limpei os cantos. E olha que tinha entulho. Eu sabia, só não sabia
que era tanto. Maioria não percebe. Agora estou pronto pra bem mais. On line é
bom. On line e com os pés na vida real é melhor ainda. São complementos. De vez em quando farei a limpeza
do disco pra viver melhor. Bobagem, eu sei... Triste e fatal é o “fim
temporário” do WhatsApp.
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