Ontem no The Noite assisti Danilo Gentili entrevistando
Pastor Malafaia. Não pertenço à igreja dele e a nenhuma evangélica, mas se lá
estava poderia dar uma entrevista com passagens de sua vida e algo que
contribuísse com o debate do país. Ele queria, tenho certeza, o programa, a
aberração, não tinha essa intenção. A entrevista seguiu com mais risos do que
itens aproveitáveis. Fazendo muitas piadas e uso de ironia. Desrespeitou não só
ele, mas a fé de milhões. Diga-se de tudo de Malafaia, mas inteligente e
preparado é. Não é por que não penso igual que o rebaixo. Então começa uma
encenação com um de seus “humoristas assessores e a sua ajudante de palco”. Um
pastor e um fiel. Um exagero, uma falta de respeito, um pouco da cara dessa
merda de geração que é humorista e é aquilo e no fundo não são porra nenhuma. Malafaia
olhava pra aquilo com cara de indignado. Até tentava rir, não conseguia. E não
tinha mesmo motivos. Pior, a encenação
acabou e o cara não pode nem usar a palavra. Deu boa noite e fim. Por essas e
outras que Jô Soares, mesmo sendo muito chato às vezes, continua sendo o cara.
Também, como compará-lo a Gentili e ao Rafinha Sem Graça Bastos? A entrevista
com graça desses borra bostas é diminuir quem senta pra ser entrevistado. Com a
filha do Silvio não fez isso, não faria né... Fraco. Até parece que somos um
país de bobalhões risonhos que precisa de piadas mesmo no que não deve e
rebaixamentos da figura em público. Somos? Vai ver que sim, pois se alguns se
criam tenho a impressão que sim. Poderia
e deveria sim ter parte engraçadas. Desrespeito e apelação, não. Estamos sem rumo.
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