Temos uma facilidade enorme em entender e aceitar a dor
alheia. Quando digo temos que caiba a quem for de direito. Umas palavras, um
achismo e se é capaz de curar a dor que não se sente. Entendo que em certos
momentos as palavras são as de praxe: Tipo “vai passar”, “põe na mão de Deus”,
“foi por que era a hora”, “dias melhores virão”. Gabriel numa musica cita uma
frase que exemplifica que a dor própria é dor e o resto é achismo. Diante de um
garoto assassinado (na música) ele lembra que “sua avó que era crente hoje tem
raiva de Deus”. Ou seja, na hora do pega pessoal somos bem outros. Não
compreendemos ou nos recusamos a compreender o que é claro e da vida. Shakespeare dizia que “Todo mundo é capaz de
dominar uma dor, exceto quem a sente”. O fato é que dependendo do que for não
vai passar. Vamos ter que aprender a conviver com a nova situação. Tem certas
coisas na vida que não somem. Então na verdade sem passar por determinados
fatos nós não imaginamos não. Escuto muito o “eu imagino”. Mentira, tem batalha
que só sentindo na pele pra conhecer e tentar entender. Por essas e outras
nunca mais usei os termos antes citados do “é assim mesmo”, “vai passar”(algumas até passam), “Deus
quis assim”. No máximo conforto e digo:
Força. Força e conta comigo.
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