sábado, 9 de agosto de 2014

Coisas de Um Filho Único

Chegando agora em outubro aos 40... Eu já andei bastante pra lá e pra cá e por motivos diversos morei num lugar e outro. Porem nos intervalos voltava pra casa. Pra casa dos meus pais. Minha casa. Às vezes por querer. Outras contrariado por algo que não havia dado certo. Mas nunca procurei outro lugar que não fosse a casa dos meus pais. Cuidaram muito de mim. Eu como filho único sempre que precisaram eu cuidei deles. Falem o que quiser de mim, mas esse papel cumpri, cumpro e cumprirei bem. Por motivo profissional aluguei um pequeno apartamento aqui ao lado na Içara. Precisamente só 14 km daqui de casa. Era pra mudar hoje. Vou durante a semana e lacro no sábado. Vou com o básico pra viver com certo conforto. Preciso de pouco. O que importa vai. O que importa que não vai são eles. Bem que vou continuar aqui zelando e sendo zelado. Ai veja só... Toda convivência tem seu preço, desgaste. Normal. Eu de tempos estressado com a loucura que é ganhar o pão de cada dia e por outras situações. E em certos momentos eles sem entender... Pois é..  Então era (é) hora de ficar no meu canto. E com mais esse motivo profissional vou fazer. E então chega à semana de ir e eu adiei. Senti uma parada estranha. Coisa de filho único. Senti que por mais chato que eu seja, e às vezes eles também são, será sempre aqui minha casa e onde me sinto seguro. Tanto é que na ausência de irmãos ela será sempre minha casa.  Depois só uma casa, mas onde e com quem vivi os mais difíceis e também os melhores momentos da minha vida. Eu amo demais meus pais e meu chão.


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