domingo, 23 de dezembro de 2012

Ele Podia Tocar Fogo

O texto postado na página do Adelor Lessa no sábado resume a cena política do ano. Não é Nero, mas o prefeito podia tocar fogo na prefeitura que diriam que ele tinha alguma razão naquilo e que a culpa era da oposição. Mérito, questionável em vários pontos, tão questionável que foi condenado por alguns de seus atos, mas algum mérito ele tem. E prova que a oposição que em outros tempos também era forte precisa rever caminhos e dar espaço ao novo, pois parece que o que aí está resultados não dá mais. O negócio é tão doido que é capaz de quem ler o texto ainda não entender. Segue a postagem:

Como se trata da última coluna do ano (entro em férias imediatamente após a última palavra escrita), me senti provocado a falar sobre os principais fatos do ano. Uma espécie de re- trospectiva. Lembre, então, do que aconteceu nessa sexta-feira durante o programa que apresento na Rádio Som Maior. Como era fato novo, deu notícia de uma ação movida por Clésio Salvaro contra Romanna Remor, ainda no período eleitoral. Ele tentou provar que ela teria cometido crime eleitoral. O juiz Marlon de Souza só deu sentença agora e julgou improcedente. Entendeu que não tinha fundamento o que ele tentou mostrar na ação. Pelo MSN, na hora, uma ouvinte retrucou em cima - "isso é inveja do PMDB, perseguição contra o Clésio!". Veja bem - a ação foi feita por Clésio contra a candidata do PMDB. E ele é considerado o "perseguido" e "vítima". A reação reflete bem como as coisas estão fixadas na cabeça das pessoas. O PMDB é o "caçador", Clésio é vítima e ponto final. Sempre que envolve as duas partes, este é o entendimento. Mesmo que não seja! E não adianta! É assim que está consolidado no inconsciente coletivo. Durante a campanha, Clésio ainda tentou pelo menos mais duas vezes cassar a candidatura adversária. Não conseguiu. Suas ações não deram em nada. Mas nas ruas a impressão é que só os outros fizeram ações contra o Clésio até "atingi-lo"! Na real, ele foi abatido pela Justiça porque não cumpriu as exigências legais para ser candidato. Estava enquadrado na Lei Ficha Limpa. Tinha condenação criminal em um tribunal menos de oito anos antes da eleição. Ele disse aos quatro cantos que isso não tinha fundamento, que iria reverter, e perdeu todos os recursos em todas as instâncias do Judiciário. Insistiu em ser candidato mesmo assim, ganhou e não levou. Teve que ser marcada nova eleição. Clésio ainda articulou a eleição do "prefeito interino" e fez uma aliança "gigante" para apoiar o seu vice, candidato que ele indicou para prefeito. E o "vice" é o favorito, porque ele disse que é "por ali". Trata-se de um caso singular. Não é comum este tipo de desfecho com as circunstâncias descritas neste enredo. Mas ele teve a "sorte" de ter os adversários que teve, fez obras importantes durante o mandato e opera bem nos bastidores. Por tudo isso, o ano de 2012 vai ficar na história da política de Criciúma.

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