Normalmente creio em mim. Nem sempre creio. Às vezes tenho duvidas a meu respeito. Tenho duvidas dos caminhos e das escolhas. Tenho receio dos meus instintos mais primitivos me dominarem e eu deixar de ser por instantes cruciais a pessoa que acho que sou. Se em mim que creio e me mando às vezes duvido, como não faria isso com os outros, a quem não sei o que se passa pela cabeça? Como posso crer sem um pé atrás numa raça que engana até aquele diz que ama, pior, diz isso olhando nos olhos. De bicho se espera dele o que a natureza lhe deu. Do ser humano não se deve esperar nada, pois não se sabe o no íntimo com o que a essa mesma natureza lhe presenteou, ou talvez, amaldiçoou. E eu não queria que fosse assim, mas a vida não mostrou que eu devia pensar diferente. Hoje em dia nem criança mais crê sem receio.
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