Vivemos no mundo da ausência. Estranho falar disso, mas nesse momento foi o que me veio a cabeça. É muito mais ausência das pessoas e das coisas do que presença. Na verdade a presença das pessoas se dá quase sempre vinculada a algo que se possa dar em troca, pois do contrário o que vamos sentir é a ausência seja na sua forma maior ou menor.
Estamos num mundo onde o caráter quase sempre é ausente. No lugar dele impera a lei da farinha pouca meu pirão primeiro. Se atropela. Esquece-se de vínculos maiores, ou seja, a presença de humanidade e bom senso desaparecem como se nunca houvessem existido. A presença dos valores existe somente quando envolve o próximo. Assim que a maioria quer.
Animais irracionais não tratam mal seus semelhantes exceto quando pela luta pela sobrevivência ou por marcação de território. O homem mesmo tendo tudo trama e vibra quando consegue ver aquele que não gosta sofrer. O homem nem merecia ser chamado de animal. Parece ofensa aos pobres bichos chamados de irracionais.
Ausência de amizade verdadeira, de palavra, de solidariedade, de acreditar sem conhecer, de gostar sem nada em troca, de ajudar sem segundas intenções, de comemorar a felicidade alheia, de se enlutar com a tristeza do próximo, de ser cristão e não igrejeiro, de ser de verdade. Que as presenças sejam mais, mas se forem que não sejam teatrais.
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