E a reportagem começa assim: E a menina mesmo com 14 anos e sabendo que seu rosto não iria aparecer quis se arrumar. Pois é... Até a menina já conhece a mentira. Nesse meio tempo a câmera corre o rosto da garota em vários ângulos. Só não o mostra todo de uma vez só. E se fosse pouco depois a câmera num ângulo aberto a mostra de costas. De tanto ver coisas parecidas me obriguei a escrever isso.
Tenho notado isso há tempos, a falta de respeito com entrevistados que por serem menores, sofrerem risco de morte ou até devido situações vergonhosas tem que ter sua identidade preservada é quase regra. A gana de mostrar e talvez assim conseguir melhores índices, pois se sabe que o povo é curioso e se alimenta muito mais de imagens que fatos, ultrapassa o básico das leis do jornalismo e do bom senso. Quem conhece uma garota como a citada antes não sabe que é ela?
Alguns “distorcem” a imagem e a voz, mas nada que atrapalhe o reconhecimento, afinal de contas uma “olhadinha” a galera tem que dar né. Das mascaras nem falo, ridículo. Imagino quem se vê depois na TV e precisa de anonimato, devem ficar irados. Maioria da imprensa usa de maquiagens pífias para driblar a lei que os rege, mas deveriam ao menos pensar vez em quando naqueles que expoe ao ridículo ou ao perigo. Pior, os canalhas que devem ser mostrados em alta definição quase nunca aparecem. Por que será? Coisas do Brasil. Em tempo: E se o cão da foto fosse de algum vizinho... será que com a enorme parte do rosto que falta você reconheceria ele? Pois é...
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