sábado, 19 de janeiro de 2013
Velórios: Falsidade Se Vê Ali
E então olhavam para ele naquela caixa de fim de vida e diziam: “Era tão bom. Era tão inteligente. Fomos tão amigos. Era meu grande amor, como viverei?” Os velhos e gastos dizeres. Não muda a atitude e não mudam as palavras. Vou a pouquíssimos velórios: só os que quero. Acho repugnante a cena teatral que se arma na maioria. Das palavras sem fundo já citadas, aos berreiros de quem antes nunca derramou uma lagrima de tristeza ou alegria por esse que agora partiu. Aproveito: Dispenso falsos e os obrigados em meu velório o dia que isso acontecer. Se não existir os de verdade ficarei com as velas e essas bobagens que colocam ao redor. E Por favor: nada de horário estendido, que seja rápido. Depois toquem fogo no inútil corpo que sobra. Prefiro as cinzas.
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