quinta-feira, 27 de junho de 2013
Lição de Vida
“O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os
seus pés no assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para o quintal para
fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.
Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai
dissesse alguma coisa, fala irritado:- Pai, estou com muita raiva. O Juca não
deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele. Seu pai, um
homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a
reclamar: - O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria
que ele ficasse doente sem poder ir à escola. O pai escuta tudo calado enquanto
caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o
fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado. Zeca vê o saco ser aberto e
antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo: - Filho,
faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu
amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a
ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço.
Depois eu volto para ver como ficou. O menino achou que seria uma brincadeira
divertida e passou mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e
poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a
tarefa. O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta: -
Filho como está se sentindo agora?- Estou cansado mas estou alegre porque
acertei muitos pedaços de carvão na camisa. O pai olha para o menino, que fica
sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala: - Venha comigo
até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa. O filho acompanha o pai até o
quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo
todo. Que susto! Zeca só conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai,
então lhe diz ternamente: - Filho, você viu que a camisa quase não se sujou;
mas, olhe só para você .O mal que desejamos aos outros é como o que lhe
aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos
pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.” (autor
desconhecido)
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