terça-feira, 24 de setembro de 2013

Coberta, Descoberta e Baixadinha

Então quando eu era criança eu ia a jogos do Criciúma com meu pai. Meu pai homem simples. Na época era um pobre querendo ser classe média. E hoje vive sem nada de incrível, mas tranquilo. Então era assim: Tinha a arquibancada coberta, a descoberta e a baixadinha. Conforme o perrengue do mês íamos a uma delas, mas íamos. Mesmo o mais caro nem tão caro era. E o mais barato você só não assistia ao jogo se a situação fosse ruim demais. Era o futebol, o esporte do povo. Hoje por aqui e quase em todos os lugares, te tornas sócio, coisa que 90% não tem condição de fazer devido a demandas do mês com maior importância ou vai assistir vez ou outra um jogo em promoção. E essa “promoção” que nem tanto assim é, acontece na desgraça do time. Ou seja, você é convidado somente para a carne de pescoço. Quando a coisa melhorar e pintar novamente o filé a maioria estará fora. Fica assim a impressão de que o simples presta somente para manter de pé a diversão do abastado. E na verdade abastados uma media dúzia. A raça que vai porque gosta muito pena para tirar do salario a mensalidade. É, me tornei torcedor por sempre ter onde ir no estádio. Se ficava de pé, sentado no sereno ou na boa na coberta era um detalhe. Mas o jogo eu via. E mais importante, com meu pai. Como faz pra ir pai e filho (filhos) hoje em dia? Futebol não é mais tão futebol assim. É só olhar as “arenas” com fundos com gente e meio vazios. E a geral do Maracanã com suas figuras... Cadê? Sem mais. Em tempo: Esqueci, futebol agora é NEGÓCIO.

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