terça-feira, 10 de setembro de 2013

Sem Dó

E um dia achei que o tempo demoraria muito a passar. Parecia que meus vinte e poucos estavam quase que perpetuados. Então fazendo isso e aquilo e me lixando para a idade chegou os 30. Achei estranho. Diferente. E quando fiz 31 aprendi uma coisa que eu já sabia, mas não sentia: “Eu não venceria o tempo. Eu era nada perante sua imposição.” Mais anos se foram. Corpo acusa na aparência e nas dores. Daqui a pouco faço quarenta. Já passei da metade da vida. Parece frescura, mas nesse ponto tem de fato um toque de drama. É muito ainda para se fazer sem tanto tempo para cada coisa ser feita. É uma luta entre olhar para o futuro e o desprender do passado. É o tal do saudosismo. Cara... A gente envelhece. A lata fica terrível. Uma ressaca precisa de vários dias para ser curada. E nesse intervalo de tempo que de fato nota-se a importância do legado já deixado e o que se fará até que a luz se apague, que pode demorar, ou quem sabe, ser na próxima espreguiçada.

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