Ser filho único é mais complicado do que se possa imaginar. Muitos têm a mania sem embasamento pratico de falar que os filhos únicos são seres extremamente mimados e que a felicidade do mesmo é garantida por ter alguns bens materiais a mais que outros que tem que dividir com irmãos. Como já disse, falam sem a prática e isso pouco vale.
Ser filho único é ter vantagens como atenção dirigida e dependendo da situação como foi a minha ter coisas que se talvez tivesse um irmão não poderia ter como educação escolar de primeira, mas também é sofrer desde pequeno pressões que quem tem irmão não carrega sozinho sob seus ombros.
Quando se é só numa casa o que os pais esperariam de vários esperam apenas de você. Suas vontades e sonhos são dirigidos apenas para você. Quando algo acontece não se tem o irmão para chamar, não se tem ninguém para compartilhar dificuldades. Alegrias são de fácil compartilhamento. Quanto a isso sem problemas.
Outra coisa que pouca gente lembra que com o passar do tempo você se torna o único responsável pelos seus pais que com a idade começam apresentar problemas de saúde e certa ou até total dependência. Nessa hora se tem a certeza de quanto é difícil ser único.
Numa música já no final de sua carreira Cazuza disse: “Você tem que entender que eu sou filho único e que os filhos únicos são seres infelizes”. No meu caso sou filho único e não sou infeliz. Vivo da mesma maneira que outros. Cresci com o lado bom da coisa, mas também carrego o outro lado que talvez alguns não teriam força pra carregar. Mais uma vez digo, achar não é viver.
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