sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Dosagens Do Tempo

Estava de pijama em frente ao computador ontem no fim da tarde depois de uma daqueles banhos que lavam até a alma e foi então que me peguei pensando na nova fase da minha vida. São coisas que o tempo trás. Uma delas é estar tranquilamente de pijama cedo numa quinta. Antes pra mim isso seria uma heresia. Tudo era feito como se o mundo fosse acabar.

Cada coisa que agora faço é por que quero de verdade e me dará prazer sem grandes sequelas, pois há de se levar em conta que meus 37 não são mais meus 23. Meu corpo hoje sente mais o ônus da coisa e minha cabeça escolhe melhor. E como no futebol quando o jogador mais experiente usa atalhos do campo pra fazer ainda bem o que fazia antes uso da bagagem pra viver bem essa nova fase da minha passagem por essa bagaça.

Hoje é sexta e lembro que antes algo deveria obrigatoriamente ser feito. Que homem seria eu se nada fizesse? Gostava e fiz (sai/usei/abusei) do meu corpo e da minha pobre cabeça que ia do céu do momento (nem sempre) ao inferno do depois (quase sempre) como poucos. Com o tempo filtrei e continuo a filtrar mais sabendo o que de fato vale a pena. Continuo com meus gostos, mas com o upgrade do amadurecimento.

Se pode fazer o que se gosta independente da idade, mas sem esquecer que o tempo é o outro e com ele as responsas e carga de bateria do corpo e da alma. Viver fora de época pode ser ridículo e dar rumo indevido a vida que não voltará como bem quisermos. Sabedoria que o tempo trás é boa demais. Melhor se fosse junto com o auge da juventude, mas se sabe que a vida dosa. Nada há de ser por acaso. Quem desenhou tudo tinha firmeza nas mãos e por isso é acreditar e viver da melhor maneira possível cada fase de nossa existência.

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