domingo, 18 de novembro de 2012

Registro: Gerações Caladas. Presentes e Futuros Comprometidos

É apenas para ficar o registro. Ou não. Não leia. São palavras demais. Leia uma tirinha. Leia a coluna social. Afinal de contas estamos todos com a vida ganha. Brasileiro indolente. Gerações de frouxos as nossas (de 20/30/40)? Existe revolta na Europa que não existe aqui. E o aperto lá só começou de anos para cá. Na Espanha jovens entre outras coisas cobram nas ruas o direito de ter trabalho digno para ter uma vida digna. Isso mesmo: Eles querem dignidade. Até parece que no Brasil maioria ganha salario que lhe possa dar uma vida de verdade. Não é para buscar riquezas em demasia. A busca é pelo direito de ter uma família e viver dignamente. Há de existir um “levante” para evitar desperdícios de tudo que é publico e para acabar com correntes que não acabam nunca. Não se reclama. O silencio impera. No máximo fala-se um para o outro (coisa que nada resolve). Quem bota boca em exploradores e canalhas muitas vezes é taxado de louco.

Tenho pena da geração que hoje tem em media entre 20 e 30 anos. Tirando os que já vêm encaminhados pela família e padrinhos do além, por melhor que seja o profissional, arrumar emprego será uma batalha e ganhar salario decente quase impossível. Como viverão? Não sei. Não sei o que será considerado vida. Dessa geração que parece não se preocupar muito com as coisas, quem não tiver “esquema pronto” terá que ser profissional top de linha se quiser ter um emprego apenas decente. Nada demais, só decente. Minha geração (entre 30 e 40) sofre calada, mas sofre. Com todos calados e com a sacanagem instalada no serviço publico e privado com coisas do além, estamos condenados ao incerto ou o certo que não serve para quem sabe o valor e a vontade que tem.

Um dia quem sabe boto para fora tudo que vi e sei e que deixou de lado gente que precisava, era preparada e fez por onde para estarem em certos lugares que foram ocupados das mais variadas maneiras. Não dará em nada, mas é para que fique conhecido como funciona uma grande parte da corrente que do bem não tem nada. Está certo, o texto é longo (deveria ser muito mais), e vamos ficar quietinhos vivendo das migalhas que caem das mesas de uma meia dúzia. Não precisa baderna, mas é necessário o mínimo de reação. Quero fazer uma revolução? Sou um louco? Quem sabe? Posso ser. E uma coisa garanto, se acontecer algo que me coloque de vez a margem, nem que sozinho, mas faço dentro da legalidade o que for necessário, pois no silencio dos dias não vou deixar minha vida apenas passar sem ter o minimo de reação. Bater palmas ate o fim não vou. E olha que eu estou mais ou menos encaminhado. Não falo de mim. Falo de muito mais. Que reajam os que mais vão precisar depois. Acham que é piada? Vários que são dessa faixa etária e leram, um dia vai lembrar-se de mim. Registro feito.

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