quarta-feira, 29 de maio de 2013
Saúde e Copa
O que vi ontem (29/05) no Profissão Repórter não me é
novidade. Trabalhei diretamente no poder publico durante anos e sei como a
banda toca. Vi a peregrinação de muita gente (ajudei quem pude). Reportagens a
respeito da cambaleante saúde brasileira , e muitas vezes ao chão, vi
centenas. Senti na pele em tempos que o
plano de saúde tinha que ser cortado por estar passando momento difícil. Ficava
doente e fazia o que podia para não ter que procurar o agonizante e humilhante
SUS. Quando era impossível, juntava um trocado de um modo ou outro e pagava uma
consulta. Isso que moro no sul, aonde normalmente o ruim é menos ruim.
Vergonhoso para um país que por muitos é aclamado como uma “nova potencia” ter
gente morrendo sem necessidade. Falta estrutura. Falta atenção. Falta
organização. Falta prioridade. Falta vergonha na cara do poder publico.
Principalmente do governo federal que fica com o grosso do dinheiro. Copa do
Mundo? Sou contra quantas vezes eu puder. Grana gasta que poderia amenizar em
muito nossos problemas nessa área. E gasta a mais, pois tem a cota do
"roubo". Quer fazer? Faz com a FIFA e a iniciativa privada. Poder
publico dar sustentação no que é "publico na essência" sim, tirar dinheiro para estádios e
afins não. Teremos um legado que compense? Acredito piamente que não. Essa
grana resolveria todos os problemas? Não, mas daria um bom gás ao “paciente”.
Copa para o povo? Claro que não. Esse continua na televisão e penando em
casa ou nos corredores dos hospitais. Olimpíadas talvez, Copa do Mundo aqui,
jamais. E nada me fará pensar diferente. Contra fatos diários não há
argumentação que abone algo passageiro.
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