quarta-feira, 15 de maio de 2013
Num Instante de Fraqueza
“Que o silêncio não
afete o entendimento sobre tudo aquilo que um dia foi pronunciado como um ato
de amor… É que às vezes basta um instante de fraqueza para voltar no tempo do
nada. Àquele tempo onde tudo era vazio e ninguém compreendia. O tempo do quase;
do talvez; do frio e distante. O tempo do deserto de sentimentos e da imensa
ausência. O tempo da vontade de não estar lá, circulando de um lado para o outro,
no meio da incompreensão. Basta um instante de fraqueza para alterar a
sonoridade daquilo que se ouve; para fragmentar os instantes de ternura e
interromper as manifestações de afeto. Porque é nos momentos de fraqueza que
tudo aquilo que não foi cultivado com amor, morre! Por isso mesmo, nos momentos
de fraqueza, o melhor a fazer é calar a voz dos sentimentos para deixar falar a
voz da razão… E às vezes a razão diz – daquele seu jeito determinado – que o
silêncio é a melhor resposta quando a incerteza resolve demorar um pouco mais
dentro do coração.”(Erica Gaião)
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