terça-feira, 7 de maio de 2013
Maldição
“Se por vinte anos, nesta furna escura, deixei dormir a
minha maldição. Hoje, velha e cansada da amargura, minha alma se abrirá como um
vulcão. E, em torrentes de cólera e loucura, sobre a tua cabeça ferverão vinte
anos de silêncio e de tortura, vinte anos de agonia e solidão... Maldita sejas
pelo ideal perdido! Pelo mal que fizeste sem querer! Pelo amor que morreu sem
ter nascido! Pelas horas vividas sem prazer! Pela tristeza do que eu tenho
sido! Pelo esplendor do que eu deixei de ser!” (Olavo Bilac)
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