Na infância: Tomei q-refresco e chamava de ki suco. E achava
o máximo. Ia ao bar no posto tomar capilé e me sentia bem demais. Meu pai me
levava pra fazer exame e na volta parava num “bar da praça” pra tomar café com
pastel. Isso então era sensacional. Depois de um tempo tivemos acesso a pão com
maionese. No começo ia ao mercado e pedia tal sanduiche com pão d’água ou doce
e mais queijo e mortadela e era formidável.
Fazia isso com amigos. Chocoleite era premio
de missa ou de dia de rancho. Sabe o que é rancho né? Chocolates que lembro: chokito
e diamante negro. Minha mãe quando fez a primeira pizza caiu em desgraça. Eu queria direto. E assim foram várias coisas.
E claro, com o tempo tudo foi ficando mais acessível. E olha... Meu pai até ganhava legal, mas mesmo assim ainda éramos bem simples e
tudo foi experimentado e conquistado com gosto de vitória. Talvez por isso
aprendi valorizar muita coisa. Bem mais que essa geração que o que faz é reclamar e achar que sempre é pouco. Pobres desses... Não sabem o
que é ser feliz sem quantidade ou preço alto.
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