sexta-feira, 5 de julho de 2013
Os Números
“Meus amigos essa noite eu tive uma alucinação. Sonhei com
um bando de número invadindo o meu sertão. E de tanta coincidência que eu fiz
essa canção. Falar do número um: Falar do número um não é preciso muito estudo,
só se casa uma vez e foi um Deus que criou tudo, uma vida só se vive, só se usa
um sobretudo. Agora o doze: E só de pensar no doze eu então quase desisto, são
doze meses do ano, doze apóstolos de Cristo, doze hora é meio-dia, haja dito e
haja visto. Agora o sete: Sete dias da semana, sete notas musicais, sete cores
do arco-íris nas regiões divinais, e se pintar tanto sete, eu já não agüento mais.
Dois: E no dois o homem luta entre coisas diferente, bem e mal, amor e guerra,
preto e branco, bicho e gente. Rico e pobre, claro e escuro, noite e dia, corpo
e mente. Agora o quatro: E o quatro é importante, quatro ponto cardeal, quatro
estação do ano, quatro pé tem um animal, quatro perna tem a mesa, quatro dia o
carnaval. Pra encerrar: Eu falei de tanto número, talvez esqueci algum, mas as
coisas que eu disse não são lá muito comum, quem souber que conte outra, ou que
fique sem nenhum.”(Raul Seixas)
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