quarta-feira, 10 de julho de 2013
Soneto a Quatro-Mãos
"Tudo de amor que existe em mim foi dado. Tudo que fala em
mim de amor foi dito. Do nada em mim o amor fez o infinito que por muito
tornou-me escravizado. Tão pródigo de amor fiquei coitado. Tão fácil para amar
fiquei proscrito. Cada voto que fiz ergueu-se em grito. Contra o meu próprio
dar demasiado. Tenho dado de amor mais que coubesse nesse meu pobre coração
humano. Desse eterno amor meu antes não desse. Pois se por tanto dar me fiz
engano. Melhor fora que desse e recebesse para viver da vida o amor sem dano." (Vinícius
de Moraes)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário