sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Faroeste Vespertino

Como hoje é sexta feira e por isso merece algo ameno conto algo mais da minha infância e aproveito para falar do perigo que mora dentro de casa mesmo muitas vezes tendo os pais todo cuidado possível, mas sabem como é, com criança o bicho é mais embaixo. Tem tempo e vontade pra encontrar o que não deve e fazer a proeza.

Na época ter uma arma em casa, coisa que ainda acho que deveríamos ter o direito, pois bandido anda armado e entra na sua casa sem pensar se no código diz isso ou aquilo, era legal. Então meu pai tinha um 38 cano curto prateado. Depois de muito fuçar achei e aquela bagaça me impressionava.

Certo dia um mendigo folgado chegou ao portão de casa. Me encheu o saco se aproveitando da situação de eu ser uma criança e estar sozinho. Depois de muito sem o elemento ir me veio a idéia de cachorro. Disse: Vou pegar um negocio pra ti. Fui, peguei o 38 e vim com as mãos pra trás e com o canhão. Queria só dar um susto e dei. Quase matei o vivente que saiu em disparada.

Ele correu e eu gente que não era sai na rua com o 38 como se fosse uma arma de brinquedo só pra ver a correria. Depois da cena chega meu pai que estava depois de um dia de trabalho no bar jogando canastra. Foi chamado para dar fim a loucura. Quando voltou já estava tudo tranqüilo, afinal de contas só queria “brincar”.

Levei uma lenha, mas ao mesmo tempo ele me olhava com cara de quem nem sabia o que dizia. Descobri de novo onde ficava a arma, mas depois do corretivo em grande escala não passava nem perto.Graças a Deus que a índole era boa e no máximo queria tirar onda, mas sinceramente nunca fui muito gente. Que sirva de exemplo. Cuidado com armas em casa, nem sempre dá certo. Em tempo: Aquele nunca mais pisou na minha rua.

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