Outro dia escrevi algo dizendo que o futebol atual principalmente o da Seleção Brasileira não me arrancava grandes sorrisos ou aflição. Futebol sem graça feito por gente cheia de graça e negócios por trás dele e por jogadores que se preocupam mais com visual do que com o jogo em si. Boleiros bajulados, mascarados e ineficientes.
Mas hoje quero lembrar que o futebol é secundário porque não faz ele a vida de um povo ficar melhor ou pior. Tirando aqueles que têm paixões doentias por seus clubes ou seleção que preenchem provavelmente um vazio existencial assim e precisam de resultados positivos para se sentir bem no mais é apenas um esporte, diversão.
Tenho também meus clubes (Criciúma e Flamengo) pra quem torço, comemoro e xingo, mas sem esquecer que deles não vivo. Que os jogadores enchem seus bolsos e do dia pra noite estão em outro lugar. Sei que muitos ganham dinheiro até de forma indevida com nossa paixão, mas mesmo assim continuo a torcer, mas colocando futebol no seu devido lugar.
Quem mais pode dedicar tempo e atenção ao futebol é quem melhor vive e menos problemas concretos têm em seu país. O ópio do povo é importante para amenizar o sofrimento de uma vida dura e alegrar nossos “finais de semana”, mas que não seja ele colocado em um patamar como se fosse essencial para a vida de nossa gente.
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