segunda-feira, 25 de março de 2013

Em Tempos de Vaca Magra

A desgraça de um homem fica evidente quando seu telefone pós-pago só recebe ou o pré-pago não vê crédito desde o ultimo titulo da Argentina. Outro sintoma é carro na garagem. Não por vontade, mas por falta de gasolina. Tem outro que só sente quem chega perto: a falta daquele perfume que usa faz anos... e que acabou. Antes da falência total troca barzinhos por bares do bairro e depois botecos de quebrada. Sorte daquele que sempre gostou dos bares e botecos, pois terá ainda um fiado para quebrar o galho. Quando vai ao mercado... Antes vinha com três bolsas de pura bobagem. Agora compra uns “pão d’água novinho” para comer com ovo (ainda bem que é bom). Chocolate vira no máximo pacote pequeno de bolacha recheada, de segunda categoria, é claro. Antes andava ereto e sorria até com os chatos do dia a dia. Na fase negra anda torto e evita até as pessoas que gosta. Tem outra: Sem dinheiro fica feio demais. Pois é... Esses são uns probleminhas e sinais da maré negra, mas ainda bem que nenhum mal é eterno e que as coisas podem ser melhores do que o “bom de antes”. Eu por exemplo, já contei moeda, e já rasguei dinheiro. Pior, teve época que nem moeda... E continuo por aí, mas preparado, pois que sei a vida brinca e ri do vivente quando bem entende. Em tempo: Na verdade é pior, mas fui ameno. Telefone não toca. Amigos somem. Colegas correm. E muito mais... E quando a vaca engorda de novo, a corja...






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