quinta-feira, 21 de março de 2013

Na Morte

“Que seja esquecido o dia em que nasci! Por que não morri ao nascer? Por que Deus me deu a dádiva do sofrimento se poderia me poupar dos sabores amargos da vida? Se eu estivesse morto estaria tranquilo; Dormindo... E minha alma estaria quieta, e então, haveria paz para mim. Haveria paz em mim.  Não entendo por que temem a morte. É nela que os que foram escravos são livres; É nela que os que foram tristes não ouvem mais a voz da dor; É nela que se encontram o pequeno e o grande; E nela o sábio e o ignorante estão na mesma condição. Por que se deu vida a mim miserável? Por que se dá vida aos pobres e amargurados que nada têm? Nesse mundo não há sentido, nem consolo. O único acalanto dos humildes é a morte. Não se pode vê-la como um terrível acaso porque aqui não há descanso, nem sossego, nem real felicidade um instante sequer... Anseio a morte. Mesmo que não haja vida após ela.” (Fernando Teixeira)

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