"Quando o corpo flácido, balofo, inchado, corroído por drogas e
decadência, caiu no chão acarpetado do banheiro da mansão de 18 cômodos no dia 16 de agosto de 1977, Elvis Presley já estava, na verdade, morto há um bom tempo. Misericordiosa morte final – e extremamente lucrativa. Morto,
Elvis Presley vendeu ainda mais discos do que nos primeiros anos de
fama e glória, na época em que era jovem, bonito, sensual, voz
maravilhosa, possante, forte, negra, para desespero dos mais velhos, dos
conservadores, das ligas de decência, e para o absoluto prazer de
milhões e milhões de jovens em todo o mundo. “Elvis Presley é mais popular do que jamais foi quando vivo”, escreveu a revista US Magazine,
em 1979, dois anos após a sua morte. Poderia ter escrito a mesma frase
hoje. Ela certamente será correta daqui a cinco anos. Ou dez."
(Sérgio Vaz)
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